Preservação Proativa de Manutenção de Equipamentos, Sobressalentes e Componentes em Armazenamento

De acordo com a NACE (Associação Americana de Engenheiros de Corrosão), o custo direto da corrosão nos Estados Unidos corresponde por volta de 3.1% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Se fossem incluídos os custos indiretos tais como, perdas de produtividade, falhas, derramamentos, multas, impostos, acidentes, entre outros, este valor poderia chegar a 6% do PIB. Não obstante, outros dados da mesma organização sugerem que a correta administração ou a gestão precoce da corrosão pode gerar economias importantes nos processos industriais.

Fonte: Custos da Corrosão e Estratégias Preventivas nos Estados Unidos, NACE.

Implementar políticas, práticas, procedimentos, treinamentos e tecnologias para uma administração proativa da corrosão, considera-se atualmente como aportes importantes na confiabilidade dos processos e rentabilidade das operações produtivas.

Nessa edição de nosso Blog A Importância da Confiabilidade, compartilharemos com nossos leitores uma estratégia de administração proativa de equipamentos e componentes em armazenamento, para a gestão e mitigação precoce dos fenômenos de corrosão.

Fator Situacional e Impacto da Corrosão na Confiabilidade

Por razões de transporte, logística, disponibilidade de recursos ou matéria primas, custos, etc. muitas plantas de produção se encontram localizadas em zonas ambientalmente agressivas, em áreas com velocidades de corrosão acelerados, seja por fatores ambientais como a maresia e temperatura ambiente ou por fatores operativos como gases oxidantes ou compostos químicos, temperaturas de processo, entre outros. Embora esses fatores afetem primordialmente os equipamentos de processo, existe um setor “cinza” dentro dessas instalações de produção, onde a corrosão promove um impacto severo na confiabilidade, segurança e rentabilidade das operações.

Os almoxarifados, pátios e armazéns industriais, alojam ativos de altíssimo valor e criticidade para suas respectivas operações: sobressalentes, componentes e equipamentos permanecem durante meses ou até anos na espera de serem requisitados para cumprir sua missão como parte de uma máquina ou processo. Lamentavelmente, uma porcentagem considerável de ativos em armazenamento perde valor e até sua integridade e disponibilidade ficam comprometidas devido a esse inimigo agressivo e silencioso: a deterioração prematura por corrosão.

Um ativo novo que se corrói ou deteriora durante sua etapa de armazenamento pode representar riscos importantes para uma planta industrial quanto à sua confiabilidade, disponibilidade e rentabilidade.

Um ativo “novo”, mas deteriorado, é uma ameaça multinível para a confiabilidade de qualquer operação industrial; desde a perda de seu valor, custos de reposição não planejados, afeta a disponibilidade de equipamentos e sistemas produtivos, essa deterioração prematura pode inclusive promover falhas catastróficas quando não se detecta a tempo, carência de capacidade para o serviço.

Capacidade para o Serviço, Criticidade e Gestão de Risco

Depois de um bom tempo escutando e lendo os expertos e profissionais em gestão de ativos, concluímos que em nível geral existe um acordo sobre o conceito do ciclo de vida dos ativos físicos, o qual pode-se resumir da seguinte forma: Projeto – Compra – Operação e Manutenção – Disposição.

Existe um segundo critério o qual menciona que “a manutenção nasce nas etapas prematuras do ciclo de vida do ativo”; critério com o qual não podemos mais estar de acordo. Por outro lado, um terceiro ponto coincidente é que não há maiores referências ou discussão em torno da proteção e conservação dos ativos durante a armazenagem em portos e almoxarifados, ou pelo menos não em um volume ou profundidade importante. Aqui existe uma área de oportunidade para fortalecer a estratégia de manutenção antecipada dos ativos físicos.

Qualquer ativo físico afetado por corrosão antes de ser instalado representa um risco significativo para os equipamentos e processos. É responsabilidade dos mantenedores e gestores, garantir a adequação para o serviço dos ativos físicos ao longo de sua permanência em armazenamento, para o qual uma atividade chave é a adoção de uma estratégia de controle de corrosão desde o momento em que o ativo sai da fábrica até o momento de sua instalação.

Alguns sobressalentes ou componentes geralmente têm mais tempo de transporte e armazenamento do que sua vida em serviço.

Uma estratégia de preservação e controle de corrosão de ativos em armazenamento deve ser orientado pela criticidade do equipamento, sobressalente ou componente; integrando uma perspectiva holística de custo, função, disponibilidade, segurança, entre outros. As indústrias com programas de gestão de ativos/manutenção/integridade maduros e consolidados, podem e devem tirar proveito de ferramentas de uso habitual em seus processos, tais como AMFE (Análise de Modo de Falha e Efeito), FRACAS (Sistema de Reporte de Falhas e Ações Corretivas), RCA (Análise de Causa Raiz), entre outras; para construir matrizes de criticidade que abrigam os ativos em armazenamento.

Quando se integra um programa de preservação ou controle de corrosão de ativos em armazenamento dentro da estratégia corporativa de manutenção, se está aumentado a confiabilidade e reduzindo o risco na planta de maneira proativa.

Escopo e Objetivos do Programa de Preservação de Ativos em Armazenamento Chesterton 3PA

As condições atmosféricas e climáticas adversas em conjunto com ambientes industriais agressivos, promovem os fenómenos de corrosão e a deterioração acelerada dos ativos que passam pelo almoxarifado, pátios e armazéns; com um impacto negativo – rastreável e verificável – na rentabilidade de diversas operações industriais.

Mitigar e desacelerar o fenómeno da corrosão em equipamentos em stand-by, bem como sobressalentes e materiais em armazenamento é o eixe estratégico do programa 3PA para manter o valor dos ativos, garantir sua capacidade para o serviço, propiciando economias e melhorando KPI’s.

O Programa de Preservação de Ativos em Armazenamento 3PA Chesterton, fornece tecnologia, experiência, treinamento e acompanhamento em campo, tanto para a confecção como para a execução de estratégias e atividades táticas que promovem a gestão proativa durante armazenamentos em três vias:  Preservação, Conservação e Restauração.

O Programa 3PA agrupa de maneira inteligente diversas tecnologias de limpeza e proteção química, e os integra as tarefas táticas dentro de um modelo de gestão prematura de ativos em armazenamento com uma oferta de valor alinhada com os KPI’s de confiabilidade e integridade de ativos em diferentes segmentos industriais.

O programa também vincula a proteção frente a degradação ambiental de elastômeros e polímeros, assim como componentes elétricos e eletrônicos. No mesmo sentido, o 3PA tem a capacidade de se ajustar para ser aplicado em materiais tão simples como tubulações e acessórios a equipamentos complexos como bombas, compressores, motores e geradores, entre outros.

Os principais benefícios do Programa 3PA são:

  • Recuperação de inventários e reavaliação de ativos
  • Diminuição de devoluções por parte de usuários finais e baixas por deterioração prematuro
  • Redução em custos de reposição de equipamentos
  • Extensão de vida em armazenamento
  • Aumento de confiabilidade e impactos positivos em KPI´s corporativos

<<Baixe aqui nosso catálogo do Programa de Preservação de Ativos em Armazenamento 3PA da Chesterton>>

A equipe técnica e comercial da AW. Chesterton através de seus especialistas em campo, redes de comercialização e operações diretas, fornece assessoria para o projeto e implementação de planos de otimização e gestão da corrosão de ativos em armazenamento. Com o respaldo de experiências documentadas em todo o continente, somos um aliado estratégico para aumentar a rentabilidade e produtividade da indústria latino-americana.

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